Há 4 meses atrás estava a 2 dias de conhecer o rapaz mais novo cá de casa. Nasceu no dia de Santo Amaro. Podia-se ter chamado Zé Amaro, mas o irmão pediu que se chamasse Martim. E nós, sensatamente, aceitamos a sugestão.
Há 4 meses atrás defini algumas tarefas – simples - que queria fazer durante a licença de maternidade. Eram elas:
1º tirar leite suficiente para que o Martim se alimentasse do meu leite em exclusivo até aos 6 meses – Consegui! Embora tenha de introduzir o leite artificial antes dos seis meses porque o raio do congelador avariou esta semana e lá foi um stock de 4 meses de leite materno para o lixo… Não me vou alongar neste assunto para não me enervar novamente com o raio do congelador. Só tenho a acrescentar que ele (o congelador) é um grande parvalhão!
2º organizar os livros. Consegui! Isto de ter um marido que durante anos (felizmente melhorou) era viciado em comprar livros sobre todo tipo de assuntos era uma grande chatice. Sim, chatice. Experimentem viver num T3 pequenino com dois rapazes pequenos. Quase não há lugar para as escovas de dentes quanto mais para centenas de livros. Mas lá consegui arranjar espaço e tempo para lhes tirar o pó e organiza-los por temas.
3º organizar as roupa dos miúdos. É uma sorte e uma grande poupança ter roupa do Dinis que sirva para o Martim. Mas isto de recuperar roupa do irmão mais velho para o mais novo é uma canseira. Era mais simples se começasse do zero. Comprava tudo novinho e não me tinha de trazer os caixotes de roupa que estavam guardados na casa dos avós (um a um porque no carro não cabe mais do que um caixote), abrir, confirmar a roupa que está decente para se vestir, lavar e guardar. Mas lá consegui, ufa!
4º finalizar o álbum do 1º ano do Dinis. Gosto de ver as fotografias impressas, colocadas de forma organizada e muito delicada nos álbuns. Como antigamente. Consegui! Gosto da ideia de folhear e acho que o Dinis também vai gostar de ver o álbum dos primeiros meses de vida feito com tanto amor de dedicação. Ficou uma doçura!
5º começar a cozinhar alguma coisa comestível. E não é que consegui! Em quatro meses a cozinhar todos os dias, lá consegui arrancar um “olha, até está bom!”. Tanto que insisti que lá consegui fazer 2 ou 3 pratos que já se conseguem comer com prazer em vez de acabarem no lixo e connosco a atirar-nos ao pacote das bolachas no fim da “refeição”.
E pronto, era só isto! Parece pouco, mas olhando para trás, para estes quatro meses, hoje sinto-me inchada com tanto orgulho. Valente!!!! :)