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Me Cookies and Milk

Me Cookies and Milk

29 de Dezembro, 2016

Martim, o bravo

Me

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O Dinis sempre comeu muito bem. Desde a primeira sopa, aquela só de batata e alface (ca chica) que abre a boca sem grandes fitas. Embora não seja fã de “coisas verdes” (brócolos, penca, salsa, etc) ele diz para não me preocupar porque no colégio come tudo. A educadora confirma. Cá em casa só na sopa e tudo ralado.

Já com o senhor Martim isto é um verdadeiro festival para comer. Ele é sininhos a tocar, o avô a dançar, a avó a cantar, o pai a bater palmas, e eu a tentar arranjar um espacinho na boca para lhe enfiar um bocado de sopa.

No colégio pelos vistos o festival é o mesmo. Sempre que o vou buscar pergunto sempre como se portou e a resposta é sempre “aiii mãe nem pergunte….”. Elas queixam-se das fitas que ele faz para não comer e que todos os dias ele aprimora as técnicas: ele cospe a sopa, ele puxa o prato e deita a sopa ao chão, chora, esperneia, adormece e mais umas tantas coisas extraordinárias para um bebé de 11 meses.

O Martim é conhecido no colégio pelo “bravo” (pelas birras e mau feitio para comer), mas também é conhecido pelo sorriso rasgado que tem sempre até lhe aparecerem com um prato de sopa à frente.

Talvez um dia esta aversão à sopa passe. Ou talvez não. Seja como for só quero que ele continue a ser conhecido pelo “bravo”, mas pela sua bravura, por ser um valente.

27 de Dezembro, 2016

bolas 2016, foste um ano do caraças...

Me

 

Há minutos consegui sentar-me por breves minutos à mesa, sozinha, enquanto o pai contava uma história ao Dinis e aturava umas quantas birras dele.

Na televisão passava uma retrospetiva de 2016. O melhor e o menos bom que aconteceu este ano. É incrível, mas alguns dos momentos marcantes nem soube que existiram.

Caiu-me a ficha e percebo que estamos mesmo no fim do ano. Caraças, 2016 foi incrivelmente preenchido e intenso…

Houve o melhor: o nascimento do Martim, a estabilidade familiar, a recuperação (prevê-se total) do velhote depois do enfarte, o crescimento e conquistas do Dinis, o isolamento durante a licença de maternidade que trouxe a lucidez que precisava sobre mim, as férias, a venda do apartamento, o novo projeto pessoal, os momentos em família, a saúde.

Houve os menos bons: as dúvidas e insegurança enquanto mãe, a partida do Mingos e da Branquinha e o desemprego do Ricardo.

Depois há a mudança de trabalho que trouxe muitas coisas boas, mas também momentos muito exigentes e desanimadores. Por isso ainda não sei onde colocar este momento, se nas coisas boas ou nas menos boas… para o ano já saberei qualificar.

Há ainda uma mudança de casa a registar a iminência da troca de carro, o início do processo para construção da casa e a associação que conseguiu o terreno para a construção de um lar.

E é isto, 2016 foi muito bom, pelo que não ouso sequer pedir que 2017 seja melhor. Só quero mesmo saúde para mim e para os meus e a estabilidade necessária para nunca ter de me afastar das pessoas que gosto.

26 de Dezembro, 2016

O Dinis

Me

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O Dinis é envergonhado, evita locais com muita gente, sobretudo se nesses locais estiveram pessoas que sabe que vão meter conversa com ele.

O Dinis conquista-se devagarinho. Sem pressas. Sem pressões. Não gosta que invadam a vida dele sem o seu consentimento. Não há sorrisos fáceis, nem cumprimentos por iniciativa própria. Com o Dinis não há fretes…

Todos os dias temos de conquistar o Dinis. Todos os dias pedimos beijos e abraços mas nem sempre somos correspondidos. Há dias que diz que nos adora e abraça espontaneamente. Há dias que diz que não gosta de nós e que não nos quer ver. Há dias que faz birras intermináveis e outros que se torna no menino mais doce e compreensivo que já alguma vez conhecemos…

Nem todos os dias o consigo conquistar. Não tenho a paciência para conquistar a atenção e afeto dele, e nesses dias sinto-me mal, sinto-me muito mal. Sou mãe e é suposto ter toda a paciência, mas há dias (muitos) que não a tenho e uso o meu “estatuto de mãe” para dizer ”É assim porque eu quero, e porque sou eu que mando!” Ele não gosta. Eu também não, mas ainda não me tornei na super mãe que é suposto ser e até lá uso este “estatuto” para por ordem cá por casa.

26 de Dezembro, 2016

Ressaca de Natal

Me

 

São 8h00. Os rapazes dormem ainda ressacados da euforia de Natal.

Hoje não há colégio e o pai também vai ficar em casa. Vão ficar a descobrir as prendas que o Natal trouxe e a descansar de tanto barulho, adrenalina e excitação dos últimos dias.

São 8h00 e eu vou para o trabalho. Embora preferisse ficar por casa, vou feliz. Quando prevíamos o contrário, o nosso Natal foi brindado com muitos sorrisos.

Obrigada menino Jesus

12 de Dezembro, 2016

Mudança que nunca mais acaba...

Me

Cum caraças, ele é caixotes na sala, no sótão, nos quartos, na garagem do tio que está emigrado na França, nas casas de banho e mesmo assim ainda temos meia casa por esvaziar.

Quando achamos que vamos trazer os últimos caixotes de tralhas, pumba lá nascem mais uns móveis, loiças, roupas, brinquedos, etc...

 

Tenho a sensação que andamos a fazer a mudança de todo prédio e não apenas do nosso apartamento. 

12 de Dezembro, 2016

Volta música, volta!

Me

Tenho tantas mas tantas saudades de ouvir música no local de trabalho.

Aquela música de fundo que quebra suavemente o silêncio e que nos faz sorrir e trautear discretamente as letras das músicas.

Nunca achei que gostasse assim tanto de música. Talvez não lhe desse tanto valor porque a tinha sempre presente. Agora, só há som de vozes a falar de trabalho e sons de telefones a tocar… Por isso, mal me sento no carro a primeira coisa a fazer é ligar o rádio e aumentar o som.  

As viagens são agora completamente livres de pensamentos sobre stresses no trabalho ou pessoais… Aqueles 20 minutos de viagem sozinha a conduzir são passados a cantar e a dançar (dentro do possível)…  Pareço uma tolinha, lá isso pareço… mas sabe tãooo bem!

09 de Dezembro, 2016

Lá vamos nós...

Me

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E pronto, lá vamos nós para a casa dos avós…

A casa está praticamente vazia. Amanhã vêm buscar os móveis maiores e mais pesados.

Deixamos esta casa cheia de recordações boas. Fomos muito felizes aqui e só espero que quem cá viver seja tão ou mais feliz do que nós fomos.

Vamos lá para a última (acho eu) mudança do ano…

08 de Dezembro, 2016

#TiradasdoDinis

Me

- Ó Dinis dorme!

- Mas ó mãe olha, bla bla bla…

- Ó Dinis, por favor, dorme!

- Espera mãe, vou contar-te uma coisa, bla bla bla...

- DINIS DORME!!!!

- Não consigo…

- Para dormir Dinis tens de fechar os olhos...

- Mas eu não quero fechar os olhos mãe, porque assim não posso olhar para as pessoas que gosto. Assim não te consigo ver….

Oh pah, raça do miúdo consegue deixar-me sem palavras.

01 de Dezembro, 2016

Começou a época da canhota

Me

Ele há a época da caça, da sardinha, da lampreia, das vindimas, da castanha… e há também a época da canhota. A época da canhota não tem uma data fixa para o seu início. Pode ser no outono, inverno ou até mesmo do verão…

Basicamente a época começa quando as temperaturas ficam abaixo dos 28 graus. Lá pela casa dos avós, mal o termómetro marca 27,5 graus é ver logo aquele fogão de lenha a queimar canhotas como se não houvesse amanhã.

Aquela casa fica tão quente que, quando vou buscar os meninos ao fim do dia, mal abro a porta levo uma “bofetada de calor” que fico logo com as maças do rosto mais vermelhas do que as do Manuel Vilarinho…

E os miúdos? Lá estão eles coradinhos coradinhos que nem pequenos borrachõeszinhos. Quando lhes dou um beijinho de “olá” e a minha bochecha encosta na deles tenho a sensação que queimamos os pêlos da cara com tanto calor…

É bom estar numa casa quentinha. Mas as faringites e bronquiolites e mais umas tantas coisas acabadas em “ites” também gostam e esse, é o único problema.

Mas há um aspecto positivo. Nunca tive num país tropical, mas tenho todos os dias a experiência de estar a chegar aos trópicos… só me apetece tirar a roupa e mergulhar no tanque da roupa.

Salvem as canhotas!