Dêem lá um irmão ao vosso filho
Se houver saúde e amor pensem seriamente em dar um irmão ao vosso filho.
É verdade que as contas aumentam e o tempo de descanso diminuiu. Ficamos com a sensação que estamos a uma passo da loucura, que quando nos deitamos não adormecemos mas desmaiamos, que nunca mais vamos conseguir sair de casa sem sacos de mudas de roupa, carrinhos de bebé, lanches e fraldas, que nunca mais vamos conseguir vestir roupa branca, nem vamos conseguir ter uma conversa a dois com o pai, mas é apenas uma sensação causada pelo cansaço...
(Creio que já aqui relatei) Sempre que levo o Dinis (e agora o Martim) ao colégio, cruzo-me com dois irmãos no corredor. O mais pequenino, cerca de 3 anos, vem ao colo do mais velho, que terá 15 ou 16 anos. Mas não vem ao colo como a maior parte das crianças. Vem abraçado ao irmão. De frente para o irmão, de costas para nós, de braços à volta do pescoço e pernas à volta da cinta. Abraça-o com amor, e isso sente-se quando nos cruzamos com eles.
Aquela criança anda sem qualquer problema. Não vem mal disposta nem contrariada para o colégio. Aquela criança simplesmente aproveita aqueles breves minutos entre o carro e a porta da sala para dar e receber mimo do irmão.
É qualquer coisa que nos toca, e que nos faz sentir aquele amor que extravasa o coração.
O Dinis tem ciúmes do Martim. Diz que gostamos mais do Martim do que dele. Ele acha que dedicamos muito tempo ao Martim. Embora lhe expliquemos o porquê, ele também quer a mesma atenção. Eu percebo o Dinis e embora ele continuasse a preferir uma abundância em vez de um irmão (conforme disse à médica quando eu estava grávida), tenho a certeza que é o melhor que eles podem ter, é um ao outro.