Menos é mais
Sabem que mais, cada dia que passa, cada vez mais me convenço que há um fator essencial, que não pode existir, para sermos verdadeiramente felizes…
Chego a esta conclusão apenas por aquilo que constato à minha volta (sim, eu sei que é uma visão muito curta), mas que desenha um padrão que nos últimos tempos tem ganho bastante dimensão. Ora vejamos.
- Famílias impecáveis, que organizam passeios anuais da “família Almeida”, juntam-se todos no Natal, não falham a um aniversário nem a um chá do bebé mesmo que seja da prima em quarto grau que vive na Escandinávia, quando é que começam os problemas?! Nas partilhas!
- Casal junto há mais de duas décadas, que viveu sempre a contar trocos para conseguir levar os filhos ao jardim zoológico da Maia, recebem uma herança, ganham uns trocos extra sabe-se lá de onde e de repente é vê-los um para cada lado. Ele a colocar implantes capilares, ela maminhas novas, ele compra um topo de gama, ela uma carteira que custa o equivalente a 2000 ingressos para o jardim zoológico da Maia. Resumindo, as atenções passam para o umbigo de cada um e era uma vez um casal
- Irmãos que partilharam t-shirts contrafeitas durante anos a fio, que desenrascavam 10€ um ao outro para conseguirem levar a namorada a jantar fora ao Martins dos frangos, quando os pais decidem fazer umas partilhas antecipadas é vê-los a apunhalar-se um ao outro sem dó nem piedade.
Resumindo, o que não pode existir em demasia? Dinheiro!
Claro que isto não é assim em todo lado, FELIZMENTE. É mais um pensamento meu assim para o palerma . Mas a verdade é que constato que os problemas têm mais tendência para se iniciar quando deixamos de contar trocos, e passamos a forrar as paredes do quarto com notas de 500 €... Mas pode ser só impressão minha