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Me Cookies and Milk

Me Cookies and Milk

28 de Fevereiro, 2018

Tanta pressão e são só umas fotografias

Me

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Uma das vantagens de ter só meninos é, sem dúvida, a facilidade com que os vestimos. Calça, camisola, sapatilhas, lavar dentes e está pronto. Deus foi muito generoso comigo, deu-me dois filhos, mas teve o cuidado de me dar ambos rapazes. Ele saberia que se me desse uma menina, talvez fosse muito perturbador para ela ter uma mãe que não tem muito sentido critico e estilo para estas coisas de conjugar roupas, laços, fitas, meias e tudo mais… Por isso, muito obrigada!

Desde ontem que andam a tirar aquelas fotografias da praxe no colégio. Eu também tenho essas fotografias, mas felizmente também tenho uma mãe que nos vestia a rigor e de forma imaculada para esse momento e que assim me poupou alguns desconfortos.

É uma responsabilidade muito grande. Não quero que os rapazes daqui a alguns anos olhem para aquelas fotografias e pensem “WHAT?!? Mãe, o que te passou pela cabeça para nos vestir assim?!?”, e que escondam estas fotografias das namoradas. Nem pensar!

Cada vez que pensava no que ia vestir aos rapazes já sentia uma pressão a crescer dentro de mim, e ontem, ao fim do dia, a educadora do Dinis decidiu ajudar” à festa”. Mandou uma sms a dizer “Amanhã é dia de fotografias, não se esqueçam de caprichar…” Caprichar?!?! Como assim?! Compro um fato para o miúdo, meto-lhe uma camisa e um laço, compro-lhe uns sapatos de vela? Defina caprichar, por favor!

Hoje, antes de acordar o Dinis fui às gavetas e fiquei a olhar para a roupa com outra atenção. Tentei perceber que roupa lhe dava um ar mais caprichado, mas -admito- que não foi fácil e tenho sérias dúvidas se fui bem-sucedida. Vesti-lhe um primeiro conjunto. Olhei e ele estava lindo. Mas ele é sempre tão fofinho caraças, como ia perceber se estava nos níveis exigidos? Perguntei-lhe e ele respondeu sem prestar grande atenção à roupa e com o ar despreocupado (que é tão meu) “Está ótimo!”. Viu-o andar de um lado para o outro a brincar e fiquei a tentar perceber se era aquela roupa “a tal”. Fiquei com dúvidas. Disse-lhe que tínhamos de vestir outra. Não quis, não era suposto e não estava minimamente interessado. Forcei e lá lhe enfiei um novo outfit. Não resultou e ele só pedia para o deixar em paz. Voltei à primeira opção e levei-o assim para o colégio.

Quando o levei, assim um bocadinho a medo, para junto dos colegas nem consegui reparar na roupa dos meninos. As meninas envergavam laços tão, mas tão pomposos que roubavam a atenção toda. Eu sinceramente nem imagino o peso daquilo, mas não devia ser muito confortável. Confortável estava o Dinis, com a roupa de sempre e aquele ar tímido de quem não parte um prato e que lhe dá todo um charme que dispensa qualquer fato ou laço 😉

22 de Fevereiro, 2018

Organizar festa de finalistas - Episódio II

Me

Lá fui eu do mesmo modo que saí da última reunião de pais. Rabinho entre as pernas e um objetivo apenas: “entrar muda e sair calada!”. Assim tinha a garantia que o trabalho ia correr melhor se não tivesse sempre uma gralha a interromper o processo criativo, e assim eu também tinha a certeza que não saía frustrada.

Ficou combinado na última reunião cada pai levar ideias para começarmos a criar o texto (pois, pois…). Ignorei este pedido, até porque, a avaliar pela primeira reunião, eles já tinham tudo pensado, por isso nem valia o esforço. E não é que aqui a menina tinha razão!! Foi chegar à reunião, ouvir a “proposta” para o guião e siga, está fechado! Incrível! Estes pais trabalham mesmo bem.

Basicamente o guião parece um filho gerado depois de uma noite louca de copos entre um guião do Filipe La Feria e o Cirque du Soleil. Ele há entradas estonteantes, cegonhas, cupidos, autocarros, malabarismos, matrofonas, música, projeção, dança, escorregas, coreografias, e muitas coisas mais. Eu perante tal cenário e produção artística, mal abrem as candidaturas para narrador, apresso-me (a medo) a me propor para tal papel. Há silêncio. E depois a luz verde para ser a narradora daquela história. Ufa!

Resumindo, correu muito bem!

Para a semana à mais e só espero que a direção artistica não inclua a minha entrada numa mula embriagada 

20 de Fevereiro, 2018

Então como é 2018?

Me

Tens o meu número favorito (18), tão redondinho, número par, e vens assim, cheio de preocupações, sustos e perdas?!?

Tu vê lá que hoje ainda é dia 20 de fevereiro, e tu já me deste tanta dor de cabeça e desgostos que tenho a sensação que já devemos estar perto do fim de ano.

Sê mais brando, por favor. Não te peço muitas coisas. Na verdade, só quero mesmo saúde.

Agora vou ali tomar um benuron para as dores de cabeça e pôr-me fina 

12 de Fevereiro, 2018

#TiradasdoDinis

Me

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- Está a chegar o dia de dar beijos na boca.
- Oi?! Como Dinis?!”
- Esta semana há um dia em que se dá beijos na boca.
- Ah, estás a referir-te ao dia dos namorados?
- Não sei mãe, mas dizem que é um dia em que damos beijos na boca às pessoas.
- Calma lá Dinis. Não é bem assim. Dá-se beijos na boca aos namorados ou namoradas.
- Hmmm, então se calhar não vou dar.
- Não tens namorada?
- Não sei ao certo. Talvez…


[Parece-me que o Dinis teve um arrufo com a pisquinha ]

02 de Fevereiro, 2018

Estive quase para ser rica, só que não!

Me

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Ainda há dias falava aqui dos problemas que traz o dinheiro e agora estive quase para ficar rica. Faltou um saquinho, era só mais um símbolo com saquinho. 

- 2 cafés e um pingo, por favor – pedimos ao Sr. Mota.
- Oh mãe, podes pedir uma raspadinha – pediu-me o Dinis.

(Hmmm, nunca sai nada, mas está bem.)

Pedimos então a raspinha pé-de-meia. Tenho uma pessoa próxima que com uma raspadinha destas está há 1 ano a receber 1500€ por mês. Que sorte, é verdade. Mas tão justo. Aquele dinheiro faz toda a diferença para garantir o essencial à família. E o essencial é comida à mesa. Por isso, sempre tive um carinho especial por essa raspadinha.

Comecei a raspar com uma confiança extra, aparece um saquinho, depois outro, sustenho a respiração e ganho coragem para raspar o último quadradinho. Naquela fração de segundo, pensei no que faria se tivesse mais de 1500€ por mês na conta, e, sinceramente, não me ocorreu nada. Ah e tal, deves estar carregadinha de dinheiro que nem te ocorre nada. OIha m'esta nasceu num trono de ouro. Devias ter vergonha de dizer isso. Sabes lá tu o que é contar dinheiro. Caras pessoas queridas, se vos passou algum destes pensamentos pela cabeça, façam reset. Aqui por casa também se controla os custos cêntimo a cêntimo, mas não tenho de andar a queixar-me e dar uma de coitadinha, certo? Feito este parêntesis, a verdade é que raspei e … NADA!

Resumidamente perdi 3€, mas confirmei aquilo que aqui tanto falo. Tenho o que mais preciso comigo, a minha família. Por isso um dinheiro extra, permitir-nos-ia não ter de andar sempre a fazer contas para percebermos se podemos ou não comprar um miminho extra. Mas só nos traria bens materiais, e esses já sabemos quanto valem… quase nada.