Crianças e a religião
Há cerca de 15 dias o Dinis teve a primeira sessão de catequese. Sou católica e praticante, mas isso não faz de mim uma pessoa capaz de explicar o que sinto em relação à religião, nem tão pouco encontrar respostas para as dúvidas pertinentes dele. A resposta “não te sei explicar, apenas sente-se” não é resposta para ele, e eu percebo-o tão bem. Apenas na fase adulta percebi o que é isto da fé e como ela pode ser confortante. Até lá fui à missa como o Dinis, inocente, sem perceber a mensagem e apenas com uma missão, não fazer barulho para não chatear a minha mãe!
No primeiro dia da catequese a catequista perguntou ao Dinis se conhecia Jesus, ao qual ele respondeu que não. Perguntou-lhe se queria ser amigo de Jesus. O Dinis encolheu os ombros e ficou com um ar confuso. Os colegas da catequese tentaram ajudá-lo a dar a resposta “obvia”. Acenavam com a cabeça para que dissesse que sim.Confuso respondeu “não sei”.
E é aqui que a postura da catequista me surpreende e me deixa deveras orgulhosa. Disse-lhes. “O Dinis tem razão! Como podemos querer ser amigos de alguém que não conhecemos? Por isso Dinis, tens toda razão. Vamos conhecer Jesus, e depois logo decides se serão amigos.”
Haveria melhor resposta para dar a estes meninos? Não, assim está perfeita!