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Me Cookies and Milk

Me Cookies and Milk

20 de Março, 2017

Tomem nota, por favor!

Me

Aiii meu povo. Hoje volto-me novamente para vós. Vós gente que não mede o que diz, nem como o diz, e que quando não diz, não controla a sua comunicação não verbal.

Recebo as análises que fiz há alguns dias. Há um valor fora da baliza da “normalidade”. O valor é preocupante e partilho esta angustia com uma pessoa que achava que me ia acalmar. Qual a reação? Calma, palavras de animo e otimismo? Nada disso. Há logo ali, a cru, o relato de uma história cuja pessoa tinha o mesmo problema e ficou internada, bla bla bla…

Fico ainda mais angustiada. Vou procurar alguém que me descanse. Fui em vão. Não há um relato de um episódio tão duro como o anterior, mas há olhos revirados como que a dizer “tás tão f*dida” e umas palavras que não ajudam nada “tu vê isso, precisas de ter muito cuidado”.

Claro que vou ver “isto”. Mas vocês pensam que eu sou tola para ignorar “isto”.

Encontro mais uma pessoa que me pergunta se está tudo bem. Arrisco, numa derradeira oportunidade, em contar o que se passa… Arrependi-me mal abri a boca.

Ouvi a história de uma pessoa que morreu, outra que está bem mal, e mais uma data de situações que me ajudaram a ficar ainda mais angustiada.

Vou para casa a chorar copiosamente. Não me consigo controlar em frente aos miúdos e gero o pânico lá por casa.

Volto a ouvir “tens de ver isso. Tens de ter muita a atenção”.

Ó que c*ralho minha gente, mas vocês estão todos tolos? Acham mesmo que eu não vou ver “isto”?

Aquelas pessoas nem se aperceberam que eu precisava de uma palavra de “consolo”. Que me dissessem, mesmo que estivessem a mentir, que “isto” não é nada de especial. Eu precisava de alguém que acreditasse, assim como eu, que “isto” se vai resolver.

Acordei decidida a não dizer mais nada a ninguém. Percebi que estou “sozinha” nisto, e por isso quando me perguntam se está tudo bem, respondo com o maior sorriso “sim”.

Porque está efetivamente tudo bem se vocês pararem de me meter bichinhos na cabeça e não arrebentarem com a esperança que tenho que isto não passa de um susto.

Isto não passa de um susto, e eu tenho a certeza disso.

Peço desculpa pelos palavrões, mas nestas situações ajudam a desanuviar 

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